GP CANADÁ F1: NOTAS AUTOSPORT (II)

Sauber – Leclerc começa a deixar de ser promessa, para ser certeza
Começam a faltar adjectivos para o jovem monegasco. Leclerc demorou um pouco a encontrar o ritmo certo, mas desde Baku que tem sido um dos destaques. Tem estado em grande forma (talvez o piloto em melhor forma) e tem confirmado tudo o que se esperava dele. Um talento fabuloso, que aos poucos vai pavimentando o seu caminho, rumo à Ferrari. Começa a mostrar capacidade para assumir o lugar na Scuderia, o que poderia levar à reforma de Raikkonen. Mais uma excelente exibição e mais pontos para a Sauber. Com isto, quem está naturalmente a ser eclipsado é Ericsson, que já mostrou por várias ocasiões que não é dos mais fortes. Longe do que Leclerc tem conseguido, o sueco vai confirmando o que se esperava no início da época.
Charles Leclerc – Nota 9
Marcus Ericsson – Nota 6
Sauber – Nota 7
Toro Rosso – Gasly perto dos pontos e Honda com mais potência
Era um teste importante para a Honda. As melhorias introduzidas nesta ronda serviriam de aperitivo para o que pode ser o futuro com a Red Bull. A primeira amostra foi positiva e o motor pareceu ter dado um passo interessante. Resta saber se tem a fiabilidade necessária. Gasly voltou a fazer uma exibição positiva e ficou à porta dos pontos. O francês está com confiança e tem assumido a responsabilidade de levar a equipa para a frente, uma vez que Hartley continua em maré de azar. Um acidente aparatoso com Lance Stroll acabou prematuramente com o esforço do neozelandês que parecia bem encaminhado para um fim de semana de recuperação, tendo batido claramente o seu colega de equipa na qualificação. Foi uma pena não podermos ver o que Hartley poderia ter conseguido e o factor psicológico vai começar a pesar cada vez mais.
Pierre Gasly – Nota 7
Brendon Hartley – Nota 6
Toro Rosso – Nota 7
Haas – Terá o momento da equipa terminado?
Sabíamos que a Haas não deverá ter a mesma capacidade de desenvolvimento de outras equipas e teria de aproveitar o andamento que mostrou nas primeiras corridas para angariar pontos que seriam importantes nas contas finais. A equipa desperdiçou várias oportunidades e o momento da equipa parece ter-se esgotado. No Canadá não tiveram argumentos para mais e ficaram arredados dos pontos. Grosjean finalmente teve uma corrida sem problemas e onde até esteve bem, cumprindo o melhor que conseguiu as ordens da equipa. Magnussen andou pela pista mas não se deu por ele e deitou tudo a perder na primeira volta. A F1 não admite desperdícios e a Haas vai lamentar o início de época.
Romain Grosjean – Nota 6
Kevin Magnussen – Nota 5
Haas -Nota 5
McLaren – Um pesadelo sem fim
Vão começar a “rolar mais cabeças”. Começa a ser cada vez mais insustentável esta situação e nos tempos de outro senhor, já teriam sido tomadas medidas mais drásticas. A McLaren, com um motor melhorado, ficou atrás dos Toro Rosso e deu uma pálida imagem de si. Mais uma falha na fiabilidade do carro provocou a desistência a Alonso, que festejou o 300º GP da pior forma possível. O espanhol não estava a ter uma prova brilhante, mas cumpria a sua parte quando um problema no escape acabou prematuramente com a sua corrida. Vandoorne também não conseguiu contrariar o mau momento e acabou em 16º também prejudicado com um furo na primeira volta. Depois de um início prometedor a McLaren tem desiludido muito e já não tem desculpas.
Fernando Alonso – Nota 6
Stoffel Vandoorne – Nota 5
Mclaren – Nota 3
Williams – Podemos passar para 2019?
Não há muito a dizer da Williams. Fora do ritmo, pouca competitividade sem capacidade para dar a volta ao momento horrível que a equipa atravessa. Stroll voltou a fazer uma boa largada mas o toque com Hartley estragou tudo. Sirotkin apresentou um andamento até interessante com os pneus mais duros mas com os mais macios perdeu muito tempo. É tempo da equipa pensar seriamente no futuro a curto prazo.
Sergey Sirotkin – Nota 5
Lance Stroll – Nota 6
Williams – Nota 4
Fonte: Auto Sport.